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Este blog é mais uma prova da força do reggae em Salvador e no mundo. Este humilde repórter vem através de mais esta ferramenta de comunicação, publicar tudo que puder para aumentar ainda mais o poder de expressão deste ritmo que se tornou um dos redutos de protestos sociais e estandartes da paz!

Até mais,
João "Jah-Ba" Barreto.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Groundation: para eles música é Deus.

Respeito. Buscando inspiração para escrever esta entrevista inaugural deste blog, me deparei muitas vezes com essa palavra enquanto tentava esmiuçar o que aconteceu na apresentação da banda Groundation. Eles vieram e mostraram serviço, de maneira que superaram muitas das expectativas do público que compareceu para ver de perto uma das maiores bandas de reggae da atualidade.
Com muita energia e simpatia a trupe californiana fez o que muitos artistas internacionais não fazem, por falta de tempo ou paciência ou ambos: tocaram com vontade e à vontade. E é isso que chamo de respeito. Cada nota executada era um suspiro de algum fã. Muitos não conseguiam acreditar que aquilo estava acontecendo bem diante deles, já que lá estava a Groundation fazendo uma longa apresentação com direito a bis e muito, muito improviso por parte de todos os componentes. Tudo isso transformou a noite numa série de momentos especiais.
Este humilde repórter conseguiu um “furo” de reportagem ao recolher um depoimento em duas partes do próprio Harrison Stafford (veja trecho do vídeo abaixo) , vocalista da banda, em primeira mão e logo após a apresentação do dia 11/11/2007:

J. Barreto:
(Música alta ao lado do palco, fãs amontoados atrás de mim) Após tantas viagens tocando e colhendo informações sobre o reggae ao redor do mundo, qual você acha que é a posição desse tipo de música na cena internacional?

Harrison Stafford:
(Música continua... empurrões idem) Nós ainda temos muito trabalho a fazer (...) se você observar o meio ambiente, se você observar a política, a economia, o mundo vai ter que mudar. E o mundo vai ter que se voltar para a música que fazemos. Somos pequenos agora, mas seremos grandes no futuro! Posso sentir as coisas acontecendo!

J. Barreto:
Então a energia positiva está reinando dentro da música?

Harrison Stafford:
É como se a música fosse a última arma, se nos rendermos à música mundana estaremos condenados. Nós temos que manter a música viva. Quero dizer a música positiva, músicas que falam de mim e de você e a respeito de nossas vidas (...) é o tipo de trabalho que tentamos fazer com a Groundation! (...) falam muito sobre sua garota e seu dinheiro (...) a camisa que você compra (...). Você é um consumidor (...) nossa música não é para vender (...) é música livre (...)
!

Com estas palavras ele confirma que a energia que rola no palco não é encenação, e sim um comportamento natural de todos os integrantes do grupo. A toda hora é proclamada a frase "music is The Most High" que traduzida soaria como "música é o Altíssimo"... essa é a regra de inspiração do trabalho bem feito que eles realizam com composições que condenam a avareza, o egoísmo, a violência e outras facetas negativas da humanidade além de cantarem sobre trechos bíblicos e histórias de vida e coragem. A Groundation chegou para ficar no cenário de música reggae no Brasil.

Por: João Barreto.


2 comentários:

Reflexos e reflexões disse...

Ótima entrevista!
Banda ótima com musicos e pessoas ótimas!

Anônimo disse...

otimo iniciativa, jhabba
essa reportagem ai com o Groundation tá muito demais.
espero ver muitas outras aqui no "Notícias Reggae"
abraço