A INTERVENÇÃO:
Uma tarde diferente foi o que presenciei quando me predispus a fazer uma apuração da última edição do ano do movimento que ganha cada vez mais corpo nas ruas da cidade: o Mutirão Mete-Mão, promovido pelo MiniStéreo Público em parceria com a Zero Sete Um Crew. O primeiro é um grupo peculiar do cenário de música reggae de Salvador enquanto que o outro faz parte do universo do graffiti (estilo de arte de rua, que ganha cada vez mais força na nossa cultura). Composto por um grupo de dj´s e vocalistas, o MP faz do dub (vertente eletrônica da música reggae, daí dj´s e vocais rápidos e ritmados) e suas variações suas principais formas de expressão. Surgido em 2005 o MP é formado por seis integrantes quatro dj´s (chamados selectahs), dois vocais (chamados toasters) além de um técnico de som, peça fundamental para que tudo dê certo: Dudub (Roots Reggae, Dub e Dancehall), Pureza (New Roots e Ragga), Raiz (Dancehall e Ragga), DfrenSS (Ragga-JuNgle), Russo e Fael 1. O técnico de som se chama Regivan. Para eles o dia começou cedo, já que a festa estava prevista para ser iniciada às 10h da manhã e só foi terminar pouco após as 20h. Impressionado? Pois é... muito sol na cabeça, muita energia positiva e cultura das mais diversas formas acontecendo ao mesmo tempo: música, dança, graffiti, intervenções circenses (palhaços, malabares -vídeo no final da matéria) e improvisos vocais feitos na hora, além da Esquadrilha da Fumaça que se apresentava na orla e volta e meia, fazia suas perigosas acrobacias para o nosso “camarote” em frente à Igreja de São Lázaro, no local de mesmo nome. Chegando por volta das 15h (impossível comparecer mais cedo devido a um curso de extensão que não aconteceu, mas essa é outra história...), me deparei com a galera mais fiel ao som do grupo e grafiteiros deixando sua marca nas paredes dos bares que permitiam. Obras feitas na hora é só pra quem pode! E o clima melhorava cada vez mais com a chegada das tribos que já são leais seguidoras desse mutirão: rappers, skatistas, os já citados grafiteiros, músicos da cena, artistas de rua, universitários, estrangeiros e muito mais gente. Mas o que chamou a atenção do nosso fotógrafo (que sou eu mesmo...) foram esses caras que transformam paredes vazias em painéis cheios de arte. Através de trabalhos solo ou em conjunto com as crews (nome dado aos grupos de grafiteiros, cada um com nome e identidade própria). Ao contrário do que se pode pensar, a olho nu não enxerguei rivalidade entre eles e sim muita união expressada nos grafites realizados.
Uma tarde diferente foi o que presenciei quando me predispus a fazer uma apuração da última edição do ano do movimento que ganha cada vez mais corpo nas ruas da cidade: o Mutirão Mete-Mão, promovido pelo MiniStéreo Público em parceria com a Zero Sete Um Crew. O primeiro é um grupo peculiar do cenário de música reggae de Salvador enquanto que o outro faz parte do universo do graffiti (estilo de arte de rua, que ganha cada vez mais força na nossa cultura). Composto por um grupo de dj´s e vocalistas, o MP faz do dub (vertente eletrônica da música reggae, daí dj´s e vocais rápidos e ritmados) e suas variações suas principais formas de expressão. Surgido em 2005 o MP é formado por seis integrantes quatro dj´s (chamados selectahs), dois vocais (chamados toasters) além de um técnico de som, peça fundamental para que tudo dê certo: Dudub (Roots Reggae, Dub e Dancehall), Pureza (New Roots e Ragga), Raiz (Dancehall e Ragga), DfrenSS (Ragga-JuNgle), Russo e Fael 1. O técnico de som se chama Regivan. Para eles o dia começou cedo, já que a festa estava prevista para ser iniciada às 10h da manhã e só foi terminar pouco após as 20h. Impressionado? Pois é... muito sol na cabeça, muita energia positiva e cultura das mais diversas formas acontecendo ao mesmo tempo: música, dança, graffiti, intervenções circenses (palhaços, malabares -vídeo no final da matéria) e improvisos vocais feitos na hora, além da Esquadrilha da Fumaça que se apresentava na orla e volta e meia, fazia suas perigosas acrobacias para o nosso “camarote” em frente à Igreja de São Lázaro, no local de mesmo nome. Chegando por volta das 15h (impossível comparecer mais cedo devido a um curso de extensão que não aconteceu, mas essa é outra história...), me deparei com a galera mais fiel ao som do grupo e grafiteiros deixando sua marca nas paredes dos bares que permitiam. Obras feitas na hora é só pra quem pode! E o clima melhorava cada vez mais com a chegada das tribos que já são leais seguidoras desse mutirão: rappers, skatistas, os já citados grafiteiros, músicos da cena, artistas de rua, universitários, estrangeiros e muito mais gente. Mas o que chamou a atenção do nosso fotógrafo (que sou eu mesmo...) foram esses caras que transformam paredes vazias em painéis cheios de arte. Através de trabalhos solo ou em conjunto com as crews (nome dado aos grupos de grafiteiros, cada um com nome e identidade própria). Ao contrário do que se pode pensar, a olho nu não enxerguei rivalidade entre eles e sim muita união expressada nos grafites realizados.
Entre eles estavam: RB´K, Limpo T. U., Bigode, Saint, AC, e o próprio Ras Fael 1º. Todos fazendo arte espontânea.
AS CULTURAS:
Segundo Dfrenss, Dudub observou que o Sound System tinha futuro nas ruas de Salvador devido ao caráter festeiro do soteropolitano e suas tradições envolvendo festas de largo. Essa comparação deu força para a criação do "sistema de som perambulante" que o MP luta para levar a comunidades como Saramandaia, Bairro da Paz, Garcia, o já citado São Lázaro dentre outras que fizeram parte do itinerário do grupo. O termo luta é devido à falta de apoio quando nos referimos ao trabalho que o MP vem realizando ao levar música e arte de graça para várias . "Ninguém ganha dinheiro com a música..." afirma DfrenSS. Dá pra ver que em geral o Mutirão Mete-Mão é bem aceito nas comunidaddes nas quais chega de assalto.
A música brasileira é parte mais que integrante das influências deles, e fará parte das suas performances em breve, seja em samba reggae, samba ou o que mais vier à cabeça. Sendo o objetivo deles estarem presentes em festas populares, essa mistura será de grande valia. Gilbero Gil, Bob Marley, Peter Tosh são só alguns nomes que podem entrar nesse caldeirão cultural. "(...) a galera evoluiu nessa pesquisa, cada um pesquisando uma coisa diferente..." observa DfrenSS. Ainda ele, o acesso à informação está cada vez maior e assim como eles têm mais chances de pesquisa e divulgação das suas ações, o público também tem mais canais para saber o que está rolando de bom e inusitado na cidade "... a periferia tem mais acesso à internet (...) basta você querer buscar informação..." atesta o selectah.
Outro ponto marcante são os já citados improvisos, um dos pontos altos do Mutirão. A galera que comparece tem a oportunidade de curtir representantes do rap e ragga; e não importaria se fossem repentistas, pois a política do grupo é clara: a arte é livre e espontânea e essa prática de deixar o espaço aberto para intervenções, gera emoções e momentos únicos para integrantes do movimento e audiência, algo mais que gratificante para o MP. Onde será que pode chegar tal miscelânea? Que artistas vão surgir dessas manifestações no futuro? Com certeza estamos assistindo o nascimento de uma nova tendência em Salvador. Pioneirismo e atitude são as palavras de ordem. Fayaka!!
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